A cada dia, o mercado clandestino de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) falsificadas ganha terreno no Brasil, alimentado por uma demanda crescente e métodos cada vez mais sofisticados. No epicentro dessa atividade ilícita, os falsificadores agora adotam táticas inovadoras, enviando os documentos fraudulentos diretamente aos endereços dos clientes. A operação que se desenrola predominantemente nas redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas, como o WhatsApp. Veja também: CNH 2024: veja as novas regras para a renovação da carteira O atrativo é claro: conveniência e rapidez. Muitas das ofertas prometem uma CNH em tempo recorde, sem as agruras da burocracia, apresentando-se como autênticas. Surpreendentemente, os preços cobrados por essas falsificações não são substancialmente mais baixos do que os praticados pelo processo legal de obtenção da habilitação. Isso sugere que, para muitos, o apelo da ilegalidade é alimentado pela ilusão de facilidade, sem um custo substancialmente menor. CNH falsa é caminho para analfabetos Embora o Sistema Nacional de Trânsito tenha processos bem definidos, a circulação de CNHs falsas continua, exacerbada pela relativa facilidade com que podem ser adquiridas. A ironia é gritante: aqueles que recorrem a tais meios geralmente não preenchem os requisitos legais para obter a habilitação, como a necessidade de serem alfabetizados. CNHs falsas são cada vez mais comuns. (Reprodução/internet) Autoescolas também estão envolvidas Surpreendentemente, a participação de autoescolas nesse esquema sórdido adiciona uma camada extra de complexidade e clandestinidade. Em estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, a fraude é facilitada com a cumplicidade de funcionários do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) ou dos Centros de Formação de Condutores (CFCs). A conivência torna o processo ainda mais fluido e menos suscetível à detecção. Mas como podemos identificar uma CNH falsa? Algumas características podem ajudar a detectar a fraude: A presença de uma marca d’água visível quando exposta à luz; A existência de microletras no fundo do documento; A verificação do holograma na parte frontal, que deve mudar de cor quando inclinado.