O óbito foi em Campo Formoso, no norte do estado. [Veja abaixo lista completa] De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da Sesab, 272 municípios estão em estado de epidemia, entre eles a capital Salvador. Outras 34 cidades estão em risco e 7 em estado de alerta. Ao todo, 62.478 casos prováveis da doença foram notificados até sábado (16). A título de comparação, 12.479 casos foram notificados no mesmo período em 2023, o que representa um aumento de 440,7%. Ainda assim, a pasta destaca que a Bahia possui índice de letalidade por dengue de 1,47%, percentual abaixo da média nacional, de 3,09%. O cálculo é feito com base nos casos notificados que evoluem para a forma grave da doença. A avaliação é da Câmara Técnica Estadual de Análise de Óbito da Sesab. Confira as cidades onde ocorreram as mortes: Jacaraci, no sudoeste da Bahia (4)Piripá, no sudoeste da Bahia (3)Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia (3)Barra do Choça, no sudoeste da Bahia (1)Feira de Santana, a 100 km de Salvador (1)Ibiassucê, no sudoeste da Bahia (1)Irecê, no norte da Bahia (1)Santo Antônio de Jesus, no recôncavo baiano (1)Santo Estevão, a 150 km de Salvador (1)Campo Formoso, no norte da Bahia (1) Neste ano, também foram registrados dois óbitos por chikungunya, nos municípios de Teixeira de Freitas e Ipiaú. Nenhum óbito por Zika foi confirmado até o momento. Esforços municipais Os municípios baianos têm reforçado ações para atender o aumento de casos e, consequentemente, a pressão nos sistemas de saúde. Na capital baiana, por exemplo, a Secretaria Municipal de Saúde se uniu ao Exército para combater o Aedes aegypti, agente transmissor também da zika e chikungunya. Agentes durante ações de combate à dengue em Salvador — Foto: Jefferson Peixoto/ Secom PMS O objetivo é capacitar soldados para criar “multiplicadores” de ações e informações de combate ao mosquito. Na prática, a força militar vai se juntar aos agentes de endemias do Centro de Controle de Zoonoses, repassando orientações preventivas para a população dentro e fora dos quarteis. A diretora de Vigilância à Saúde da cidade, Andrea Salvador, destacou ainda o uso de “bombas costais” de efeito residual. “Nós as utilizamos principalmente em escolas, postos de saúde, onde esse efeito residual, através dessas bombas, é colocar o inseticida nas paredes. Essas paredes ficam impregnadas e repelem o mosquito”, explica. Em meio às ações do poder público, a diretora cobrou que a população também colabore, prevenindo a proliferação do mosquito. Já em Juazeiro, no norte do estado, a prefeitura relatou que atendeu mais de 250 denúncias de possíveis focos do Aedes aegypti através do canal “Dengue Zap”. A gestão criou a ferramenta para auxiliar na identificação e combate aos focos de reprodução do mosquito. “Estamos com os agentes em campo, nos turnos matutino e vespertino e nos fins de semana em áreas que consideramos de risco ou com índice de infestação preocupante”, afirmou o agente de endemias Diego Alves. Ele reforçou o pedido da prefeitura para que a população receba os agentes em casa, e permita que o trabalho de prevenção e combate à proliferação do Aedes aegypti seja feito. Sobrecarga em Itabuna O município de Itabuna ainda não enfrenta uma epidemia da doença. Mas a gestão do Hospital Manoel Novaes ressalta a sobrecarga na unidade — dados apresentados na quinta-feira (14) mostram que o número de atendimentos subiu 250%. A média de pacientes recebidos por dia passou de 50 para 125. O hospital reforça que apenas casos graves devem ser direcionados para lá. Pacientes com quadros de saúde leves podem se dirigir a outras unidades de saúde da região. Ações do estado Em todo o estado, o governo da Bahia também intensificou ações de sensibilização e mobilização para prevenir as três doenças transmitidas pelo mosquito. Até sexta-feira, prédios e outras estruturas públicas estaduais foram vistoriadas e as áreas foram limpas, visando a eliminação de possíveis criadouros. Funcionários também foram instruídos a colaborar com a campanha. O Corpo de Bombeiros, em parceria com a Sesab, também realizou ações de combate específicas nas cidades de Caculé e Barra do Choça. “O combate e a prevenção às arboviroses é um trabalho conjunto, que envolve estado, município e também a população. Precisamos desse esforço conjunto, de cada um fazendo a sua parte, para contermos o avanço do Aedes aegypti em toda a Bahia”, pontuou a titular da pasta, secretária Roberta Santana. Até o final da próxima semana, a corporação ainda irá aos municípios de Belo Campo, Carinhanha, Encruzilhada, Feira da Mata e Caetité. Lista completa de cidades em epidemia: Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻