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PÉSSIMO: Brasil fica entre os 4 piores no ranking de saúde mental

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A precariedade da saúde mental no Brasil, evidenciada por um estudo global, destaca-se por diversos fatores, incluindo o estresse no trabalho e a influência das redes sociais. Diante de um levantamento conduzido pela Sapien Labs, que avaliou a saúde mental de mais de 500 mil pessoas em 71 países, o Brasil se revela em uma posição preocupante, na quarta pior colocação. A pontuação atribuída ao país foi de 53 em uma escala que vai até 110, situando-se à frente apenas de África do Sul, Reino Unido e Uzbequistão. Tal classificação alarmante sinaliza uma necessidade urgente de atenção para as questões de saúde mental no território nacional. Detalhes do estudo e o panorama brasileiro A pesquisa aponta a República Dominicana, Sri Lanka e Tanzânia como os países com melhores índices, evidenciando uma diversidade de contextos e abordagens em relação à saúde mental pelo mundo. No Brasil, o cenário é agravado por fatores como o estresse no ambiente de trabalho e os efeitos nocivos do uso excessivo de redes sociais. As narrativas de trabalhadores brasileiros, como a de Priscila Baluz, ex-executiva de uma multinacional, ilustram a pressão incessante por resultados e as extensas jornadas como fatores críticos para o bem-estar mental. Baluz descreve uma rotina exaustiva que, eventualmente, desencadeou uma crise de pânico, ressaltando a toxicidade de ambientes profissionais que negligenciam a saúde mental dos colaboradores. Saúde mental costuma ser algo deixado de lado no Brasil – Imagem: Medium/Reprodução A influência negativa das redes sociais na saúde mental também é uma preocupação. O estudo aponta que a constante exposição e interação nas plataformas digitais contribuem significativamente para o aumento dos casos de ansiedade, depressão e burnout. A importância de limites e lazer Larissa Fonseca, representante da Sociedade Brasileira de Psicologia, enfatiza a necessidade de estabelecer limites saudáveis no trabalho e valorizar momentos de lazer como estratégias preventivas. O desafio de dizer “não” e a importância de manter um equilíbrio entre as obrigações profissionais e pessoais são destacados como essenciais para a manutenção da saúde mental. A resistência em procurar ajuda especializada, muitas vezes motivada pelo estigma associado às questões desses tipos de problema, é um obstáculo relevante. A experiência do atacante brasileiro Richarlison, que destaca a terapia como um recurso valioso para sua recuperação, exemplifica como a abertura para discutir e buscar apoio psicológico pode ser crucial. Desmistificar a busca por ajuda profissional, fortalecer redes de apoio e incentivar práticas saudáveis no ambiente de trabalho e no uso das redes sociais são passos fundamentais para reverter o quadro atual.

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