Nas eleições deste domingo, quatro candidatos disputaram pela prefeitura da cidade que tem pouco mais de 4,58 mil habitantes e 4,55 mil eleitores. O candidato Leandro Sartapio (MDB) ficou em segundo lugar com 1.040 votos (36,24%). Já Rogerinho (Republicanos) recebeu 434 votos (15,12%) e Odair Mistro (PDT) recebeu 155 votos (5,40%). Quatro candidatos disputaram eleição suplementar para prefeitura de Analândia — Foto: Tribunal Superior Eleitoral/Reprodução As eleições ocorreram em dois locais de votação: a zona 1, na Escola Estadual Professor José Jorge Neto, e na segunda zona, na Escola Municipal Zezé Salles. Analândia pertence à zona eleitoral de Rio Claro (SP), onde foi realizada a apuração dos votos. Eleitores foram às urnas em Analândia (SP) em eleição suplementar — Foto: Fábio de Souza/EPTV Cassação do prefeito O prefeito de Analândia, Paulo Henrique Franceschini (Republicanos), e o vice, Clodoaldo Guilherme (PSB) — Foto: Reprodução/Facebook As novas eleições foram realizadas por conta da cassação dos mandatos do prefeito eleito em 2020, Paulo Henrique Franceschini, e do vice-prefeito, Clodoaldo Guilherme, por abuso de poder político após a instalação de barreiras sanitárias contra Covid-19 na cidade, no dia da eleição, em 2020. A ação foi proposta pelo do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) de Analândia. O partido alegou que os três praticaram abuso de poder político na instalação ilegal de barreiras físicas sanitárias na cidade, no dia das eleições, para impedir a votação de eleitores da zona rural. Além da instalação das barreiras por decreto municipal, o processo traz trechos de conversa de grupo no WhatsApp, com a participação de parentes dos candidatos e apoiadores da campanha, indicando que o intuito das barreiras seria o de impedir a votação de eleitores residentes na área rural. Em dezembro de 2023, os mandatos deles e do prefeito de Analândia na época, Jairo Aparecido Mascia, foram cassados por abuso de poder político por decisão unânime dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dois políticos também ficaram inelegíveis por oito anos. O presidente da Câmara, Rogerio Conceição dos Santos, o Rogerinho (Republicanos), assumiu a prefeitura em 19 de dezembro. Franceschini foi eleito com 71,03% dos votos na votação de 15 de novembro de 2020, o equivalente a 1.400 votos, 829 votos a mais do que o segundo colocado. Nesta eleição, Analândia teve a maior abstenção (23,84%) – o correspondente a 1.099 eleitores – , contra 13,24% na eleição de 2016 e 14,17%, em 2012. Segundo o ministro Floriano de Azevedo Marques, relator do recurso, houve prática de abuso de poder político no caso. De acordo com dados do portal do TSE, aproximadamente 20% da população do município residia, em 2020, na área rural. “Em 2020, Analândia teve quase o dobro de abstenção da média histórica dos últimos pleitos”, ressaltou o ministro. Recurso negado Os políticos cassados entraram com um recurso. Em decisão de 30 de janeiro de 2024, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, negou o pedido de suspensão da inegibilidade. “Não ficou comprovado o perigo da demora que justifique, em exame sumário da causa, afastar a inelegibilidade dos Embargantes em regime de plantão judiciário, considerando o início do período eleitoral de 2024, a partir do segundo semestre deste ano”, afirmou o ministro na decisão. REVEJA VÍDEOS DA EPTV: