Danilo Cavalcante, de 34 anos, foi condenado à prisão perpétua por assassinar a ex-namorada e fugiu na quinta-feira (31). Desde então, a polícia mobilizou centenas de agentes para capturá-lo, mas sem resultados (leia mais abaixo). Cavalcante foi visto pela última vez na noite de segunda-feira (4) em imagens feitas pelas câmeras de vigilância de um jardim botânico. Normalmente aberto ao público, o espaço também foi fechado pelas autoridades. Por questões de segurança, dois bairros escolares da região decidiram encerrar as atividades de suas escolas na terça-feira (5). A decisão foi mantida na quarta-feira. “Estão lidando com alguém que está desesperado e não quer ser pego”, afirmou George Bivens, tenente-coronel da polícia da Pensilvânia. A Promotoria do Condado de Chester pediu aos moradores que tranquem suas portas, vigiem seus carros e outros pertences e permaneçam atentos, enquanto “centenas de policiais trabalham incansavelmente com helicópteros, drones e unidades caninas para localizar o fugitivo”. As circunstâncias da fuga de Danilo Cavalcante da prisão de Chesco estão sob investigação. A força tarefa que atua nas buscas pelo foragido inclui agentes das seguintes organizações: Swat (Unidade de Armas e Táticas Especiais);FBI (Departamento Federal de Investigação);PSP (Polícia do Estado da Pensilvânia). Cavalcante foi condenado à prisão perpétua por matar a ex-namorada, Débora Evangelista Brandão, na cidade de Phoenixville, em abril de 2021. A vítima tinha 34 anos e foi morta a facadas. Mapa mostra localização da prisão que Danilo Cavalcante fugiu na última quinta-feira (31) — Foto: Arte g1 De acordo com a imprensa dos EUA, o Ministério Público do Condado de Chester classificou Danilo como “extremamente perigoso”. Condenado nos EUA e procurado no Brasil Polícia utiliza helicópteros com mensagem da mãe de brasileiro fugitivo nos EUA Débora Evangelista Brandão morava nos EUA com os dois filhos quando foi morta. As crianças presenciaram o crime. Segundo as investigações, Danilo não aceitava o fim do relacionamento e, desde 2020, ameaçava Débora. Além disso, a apuração revelou que Débora descobriu que Cavalcante era procurado pela polícia do Tocantins por ser o principal suspeito pelo assassinato de um homem em 2017. “Ao saber que o réu tinha mandado de prisão em aberto por homicídio no Brasil, a vítima ameaçou expô-lo à polícia. Os detetives determinaram que esse foi o motivo do assassinato”, afirmou a promotoria responsável pela acusação em comunicado. De acordo com as autoridades, em 2017, Cavalcante fugiu para Porto Rico e, mais tarde, seguiu para os Estados Unidos, onde entrou ilegalmente. Danilo foi preso duas horas após o assassinato de Débora, em abril do ano passado, e foi condenado pelo crime em 16 de agosto.