Ele havia sido preso durante a Operação ‘Transformers’ em Juiz de Fora, mas solto em junho deste ano após um recurso interposto pela defesa. Delegado Rafael Gomes em Juiz de Fora, foto de arquivo — Foto: Polícia Civil/Divulgação O mandado de prisão foi acatado pela 1ª Vara Criminal da cidade, contudo ainda não foi cumprido. O advogado de defesa do investigado Luiz Eduardo Lima informou ao g1 nesta quarta-feira (13) que recorreu à decisão. A medida também é válida para os outros investigadores da equipe dele, que também foram soltos no decorrer do processo. Outros detalhes não foram divulgados, pois o caso corre em segredo de Justiça, conforme o STJ. Operação ‘Transformers’ A ação desencadeada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) teve objetivo de desmantelar uma organização criminosa investigada por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, corrupção, roubo, receptação e adulteração veicular em Juiz de Fora e região. De acordo com o MPMG, o grupo seria responsável pelo fornecimento e abastecimento de entorpecentes para traficantes da Zona da Mata mineira. Entre os núcleos, haveria setores responsáveis pela: logística, que envolvia o fornecimento de veículos para o transporte e pagamentos de cargas de drogas;setor financeiro, que cuidava da parte gerencial da atividade econômica, notadamente do tráfico de drogas e da lavagem de dinheiro;setor de corrupção, responsável por proteção dos negócios ilícitos com informações privilegiadas de atividades policiais e demais condutas para evitar a responsabilização de integrantes da organização;núcleo de liderança, que coordenava e controlava as atividades. Ao todo, a movimentação financeira do grupo teria sido em torno de R$ 1 bilhão. Segundo o processo, Rafael Gomes, com passagem pela Delegacia Especializada de Combate ao Narcotráfico, e outros seis investigadores da equipe, recebiam pagamentos frequentes, ao que tudo indica, de R$ 30 mil. Ligações telefônicas também apontam pagamento em torno de R$ 500 mil para que uma investigação não associasse o chefe do grupo ao tráfico de drogas e para que entorpecentes apreendidos fossem liberados. O pagamento das taxas aos agentes públicos “blindavam” membros da organização criminosa, conforme o documento. Este seria, inclusive, a razão pela qual a quadrilha atuava por tanto tempo, de forma estruturada e dividida, em torno de 5 anos, sem ser descoberta. LEIA MAIS SOBRE O ASSUNTO: OPERAÇÃO ‘TRANSFORMERS’ VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!